13 de mai. de 2010

Silêncio

Não digo nada.
Não respondo nada mais que um bom dia.
Boa tarde, boa noite.
Obrigado, por favor.
Nada mais.
Eu não estou com raiva de ninguem.
Só quero segurar o fôlego,
Soterrado de ideias e desejos.
Mas me empreste o violão
E eu fico melhor do que antes.
Veja, algo que eu sei fazer
Um tantinho melhor que alguns.
Incontestavelmente inferior a outros.
Porém, é rústico, o som.
Cru. Simplesmente sincero
Quebrando o silêncio.
Como golpes quebram madeira.
Como ofensas quebram amizades.
Como problemas quebram famílias.
E os meus amigos agora são a platéia.
E eu sou a platéia de cada um.
Enquanto quebramos o silêncio
Felizes, cantando, brincando
Sem pensar no depois e no antes.
Apenas sorrindo e quebrando.
Quebrando aquilo que me sufocou.
E eu cheguei à superfície.
Vi com clareza o céu.
O Sol.
A Lua.
Sempre parados, cumprindo suas obrigações
E contando inúmeras histórias
De ódio, amor, tristeza, felicidade.
Em eterno Silêncio.

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